REFLEXÃO POR UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE
Nos últimos anos, o Brasil tem alcançado um crescimento significativo do número de instituições de ensino superior, do número de cursos superiores e do número de alunos matriculados. No setor público, o REUNI (Programa de Reestruturação e Expansão da universidade pública) do governo Lula foi responsável por uma política de expansão fantástica em termos numéricos. O setor privado, que passou por uma enorme expansão no governo FHC, desacelerou o seu ritmo de crescimento, mas continuou crescendo, principalmente no segmento do Ensino à Distância – EAD.
A Tabela 1 mostra a evolução do número de instituições no período de 2004 a 2009, segundo o último Censo do MEC com dados públicos (2009):
Tabela 1 – Evolução do número de instituições de ensino superior no período 2004-2009 – Fonte: Censo da Educação Superior MEC/2009
Observa-se também uma evolução ainda mais significativa no número de cursos ofertados por essas instituições, conforme demonstra a Tabela 2:
Tabela 2 – Evolução do número de cursos superiores no período 2004-2009 – Fonte: Censo da Educação Superior MEC/2009
O número de matrículas oscila em torno dos seis milhões de alunos, contabilizando os alunos das modalidades presencial e de ensino à distância – EAD. O gráfico 1 mostra essa evolução positiva de quase 100% no número de alunos matriculados nos últimos oito anos, representando um grande avanço em termos quantitativos:
Gráfico 1: Evolução do número de matrículas por modalidade de ensino no período 2001-2009 – Fonte: Censo da Educação Superior MEC/2009
A distribuição dessas matrículas pode ser detalhada na Tabela 3, onde são apresentados os dez maiores cursos de graduação do Brasil em 2009:
Tabela 3 – Os dez maiores cursos de graduação do Brasil em termos de matrículas em 2009 – Fonte: Censo da Educação Superior MEC/2009
Outro dado positivo que pode ser extraído do Censo 2009 é que nos últimos 7 anos, o número de concluintes praticamente dobrou, passando de 467 mil, em 2002, para 959 mil em 2009.
Apesar de toda essa expansão, o Brasil ainda ocupa as últimas posições na lista dos países sul-americanos na proporção de jovens dos 18 aos 24 anos matriculados em cursos superiores. Qualquer “republiqueta” bate o nosso país nesse aspecto.
Outro ponto preocupante é a questão de como fazer a expansão quantitativa, mas com qualidade de ensino. Abrir uma faculdade, vários cursos é relativamente fácil, o difícil é fazer educação de qualidade.
Temos milhares de vagas docentes abertas no sistema federal por falta de pessoal qualificado, decisão política e de caixa para pagar os salários desses profissionais.
O Brasil transformou-se em um grande importador de mão de obra qualificada. São milhares de profissionais estrangeiros entrando no nosso mercado de trabalho todos os meses pela falta de pessoal qualificado em nosso país.
Outro problema sério nem termos de educação é a péssima qualidade da educação básica em nosso país. Uma boa parcela dos alunos conclui o ensino médio sem saber ler, escrever, sem dominar a velha tabuada ou fazer as quatro operações básicas da matemática, chegando ao ensino superior sem uma mínima condição para tanto.
Os problemas são muitos. A educação só tem solução com a sua elevação à condição de prioridade nacional. Enquanto a educação for tratada com o descaso usual, não vamos avançar e estaremos apenas correndo atrás da nossa própria cauda.
Uma saída talvez fosse a adoção do projeto do senador Cristóvão Buarque para que os filhos dos políticos com mandato estudassem obrigatoriamente nas escolas públicas. Vamos apresentar um projeto de iniciativa popular para isso ? Você, leitor(a), topa esse desafio ?
Estamos a disposição para contato através:
Twitter: @professorpaiva;
Facebook: @SeverinoPaiva; Linkedin: Severino Paiva
ou e-mail: paiva.professor@gmail.com .
A Tabela 1 mostra a evolução do número de instituições no período de 2004 a 2009, segundo o último Censo do MEC com dados públicos (2009):
Tabela 1 – Evolução do número de instituições de ensino superior no período 2004-2009 – Fonte: Censo da Educação Superior MEC/2009
Observa-se também uma evolução ainda mais significativa no número de cursos ofertados por essas instituições, conforme demonstra a Tabela 2:
Tabela 2 – Evolução do número de cursos superiores no período 2004-2009 – Fonte: Censo da Educação Superior MEC/2009
O número de matrículas oscila em torno dos seis milhões de alunos, contabilizando os alunos das modalidades presencial e de ensino à distância – EAD. O gráfico 1 mostra essa evolução positiva de quase 100% no número de alunos matriculados nos últimos oito anos, representando um grande avanço em termos quantitativos:
Gráfico 1: Evolução do número de matrículas por modalidade de ensino no período 2001-2009 – Fonte: Censo da Educação Superior MEC/2009
A distribuição dessas matrículas pode ser detalhada na Tabela 3, onde são apresentados os dez maiores cursos de graduação do Brasil em 2009:
Tabela 3 – Os dez maiores cursos de graduação do Brasil em termos de matrículas em 2009 – Fonte: Censo da Educação Superior MEC/2009
Outro dado positivo que pode ser extraído do Censo 2009 é que nos últimos 7 anos, o número de concluintes praticamente dobrou, passando de 467 mil, em 2002, para 959 mil em 2009.
Apesar de toda essa expansão, o Brasil ainda ocupa as últimas posições na lista dos países sul-americanos na proporção de jovens dos 18 aos 24 anos matriculados em cursos superiores. Qualquer “republiqueta” bate o nosso país nesse aspecto.
Outro ponto preocupante é a questão de como fazer a expansão quantitativa, mas com qualidade de ensino. Abrir uma faculdade, vários cursos é relativamente fácil, o difícil é fazer educação de qualidade.
Temos milhares de vagas docentes abertas no sistema federal por falta de pessoal qualificado, decisão política e de caixa para pagar os salários desses profissionais.
O Brasil transformou-se em um grande importador de mão de obra qualificada. São milhares de profissionais estrangeiros entrando no nosso mercado de trabalho todos os meses pela falta de pessoal qualificado em nosso país.
Outro problema sério nem termos de educação é a péssima qualidade da educação básica em nosso país. Uma boa parcela dos alunos conclui o ensino médio sem saber ler, escrever, sem dominar a velha tabuada ou fazer as quatro operações básicas da matemática, chegando ao ensino superior sem uma mínima condição para tanto.
Os problemas são muitos. A educação só tem solução com a sua elevação à condição de prioridade nacional. Enquanto a educação for tratada com o descaso usual, não vamos avançar e estaremos apenas correndo atrás da nossa própria cauda.
Uma saída talvez fosse a adoção do projeto do senador Cristóvão Buarque para que os filhos dos políticos com mandato estudassem obrigatoriamente nas escolas públicas. Vamos apresentar um projeto de iniciativa popular para isso ? Você, leitor(a), topa esse desafio ?
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Muito Proveitoso esses pensamentos, parabéns.
ResponderExcluirJne Alves (ufpb)