Inflação, juros, memória inflacionária e a mídia
As pressões sobre o governo Dilma Roussef para manter a taxa SELIC no atual patamar de 12% é enorme e conta com um grande apoio, principalmente, da grande mídia nacional. O governo Lula ameaçou colocar os juros em níveis civilizados, mas não conseguiu ao longo dos seus 8 anos de governo e grandes índices de aceitação. Por que será? Você já parou para pensar sobre essa questão ?
O brasileiro de média idade tem a lembrança amarga da convivência com a inflação, aliás, hiperinflação. Chegamos a ter índices mensais da ordem de 84% ! Ninguém sabia ao certo o preço das coisas. As maquinetas de remarcação estavam o tempo todo rondando as prateleiras dos supermercados, gerando verdadeiras batalhas entre os clientes e os funcionários responsáveis pela remarcação. O brasileiro sabe bem o que é conviver e sofrer com uma inflação mensal de alguns dígitos, fazendo com que tenhamos uma memória inflacionária muito viva.
Recentemente, esse trauma é usado para chantagear a população e o governo para que sejam mantidos os níveis da taxa SELIC, que remunera o capital dos grandes bancos, detentores dos títulos da dívida pública do governo brasileiro. Os bancos têm interesse em uma SELIC alta porque isso garante uma grande e boa rentabilidade de bilhões de reais todos os meses, remunerando capital emprestado. O governo vem mantendo uma receita de efetivar um superávit primário na casa de 3,5% do PIB, totalizando só este ano algo em torno de R$ 90 bilhões de reais destinados ao pagamento de juros da dívida.
Nos EUA, cobra-se 0,25% (zero, vinte e cinco por cento) ao mês de juros para os empréstimos concedidos. Uma taxa SELIC de 12% com uma inflação na casa de 6%, contabilizando uma taxa de juros reais na casa de 6% ao mês, totalizando juros simples de 144% ao ano, totalizando uma relação a maior de mais de 500 vezes para nós, fazendo com que os bancos brasileiros estejam entre os mais rentáveis do mundo. Se analisarmos as taxas do cheque especial, do crediário ou dos cartões de crédito, a relação será ainda muito maior.
Quando o Banco Central sinaliza baixar os juros, imediatamente são pautadas, na grande mídia, reportagens sobre os riscos de alta da inflação e a superação das metas inflacionárias inicialmente previstas. Passamos, pelo menos, uma semana sendo bombardeados pelas reportagens e análises dos economistas dando conta do risco do recrudescimento do fantasma da hiperinflação no Brasil, deixando-nos pensar o quanto pesa no orçamento das grandes empresas midiáticas a verba publicitária dos grandes bancos com as suas belas e constantes campanhas.
A inflação tem sua origem no consumo alto e na incapacidade de atender a demanda cada vez mais crescente, mas precisamos reagir. O que você está fazendo para evitar a volta da inflação ? Eu, por exemplo, já deixei de comprar o coco verde na praia porque subiu de 1 para 2 reais por conta da iminência da chegada do verão. Outra medida dessa cruzada pessoal foi trocar de salão no corte de cabelo por conta de um aumento de 25%, tendo encontrado outro profissional no qual pago menos do que pagava antes do aumento. Faça a sua parte, já.
O brasileiro de média idade tem a lembrança amarga da convivência com a inflação, aliás, hiperinflação. Chegamos a ter índices mensais da ordem de 84% ! Ninguém sabia ao certo o preço das coisas. As maquinetas de remarcação estavam o tempo todo rondando as prateleiras dos supermercados, gerando verdadeiras batalhas entre os clientes e os funcionários responsáveis pela remarcação. O brasileiro sabe bem o que é conviver e sofrer com uma inflação mensal de alguns dígitos, fazendo com que tenhamos uma memória inflacionária muito viva.
Recentemente, esse trauma é usado para chantagear a população e o governo para que sejam mantidos os níveis da taxa SELIC, que remunera o capital dos grandes bancos, detentores dos títulos da dívida pública do governo brasileiro. Os bancos têm interesse em uma SELIC alta porque isso garante uma grande e boa rentabilidade de bilhões de reais todos os meses, remunerando capital emprestado. O governo vem mantendo uma receita de efetivar um superávit primário na casa de 3,5% do PIB, totalizando só este ano algo em torno de R$ 90 bilhões de reais destinados ao pagamento de juros da dívida.
Nos EUA, cobra-se 0,25% (zero, vinte e cinco por cento) ao mês de juros para os empréstimos concedidos. Uma taxa SELIC de 12% com uma inflação na casa de 6%, contabilizando uma taxa de juros reais na casa de 6% ao mês, totalizando juros simples de 144% ao ano, totalizando uma relação a maior de mais de 500 vezes para nós, fazendo com que os bancos brasileiros estejam entre os mais rentáveis do mundo. Se analisarmos as taxas do cheque especial, do crediário ou dos cartões de crédito, a relação será ainda muito maior.
Quando o Banco Central sinaliza baixar os juros, imediatamente são pautadas, na grande mídia, reportagens sobre os riscos de alta da inflação e a superação das metas inflacionárias inicialmente previstas. Passamos, pelo menos, uma semana sendo bombardeados pelas reportagens e análises dos economistas dando conta do risco do recrudescimento do fantasma da hiperinflação no Brasil, deixando-nos pensar o quanto pesa no orçamento das grandes empresas midiáticas a verba publicitária dos grandes bancos com as suas belas e constantes campanhas.
A inflação tem sua origem no consumo alto e na incapacidade de atender a demanda cada vez mais crescente, mas precisamos reagir. O que você está fazendo para evitar a volta da inflação ? Eu, por exemplo, já deixei de comprar o coco verde na praia porque subiu de 1 para 2 reais por conta da iminência da chegada do verão. Outra medida dessa cruzada pessoal foi trocar de salão no corte de cabelo por conta de um aumento de 25%, tendo encontrado outro profissional no qual pago menos do que pagava antes do aumento. Faça a sua parte, já.
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