PARTIDOS DE ALUGUEL DESTROEM SONHOS POLÍTICOS



Temos um número significativo de partidos no Brasil: PMDB, PTB, PDT, PT, DEM, PCdoB, PSB,PSDB, PTC, PSC, PMN, PRP, PPS, PV, PTdoB, PP, PSTU, PCB, PRTB, PHS, PSDC, PCO, PTN, PSL, PRB, PSOL, PR, PSD, PPL e PEN. São tantas siglas e agremiações que temos dificuldades de enumerá-las e sabermos detalhes sobre as suas linhas político-ideológicas, se é que se pode falar desses atributos dentro do cenário político atual. Além desses aí, no momento, temos mais alguns partidos em gestação.

Algumas dessas siglas exercem um papel de protagonistas, formulando políticas públicas, disputando os cargos majoritários, exercendo influências sobre as demais agremiações e sobre a sociedade. Outras são meros satélites orbitando em torno das agremiações principais.  Durante o período pré-eleitoral, são feitas movimentações no sentido de formar agrupamentos políticos para a disputa dos votos dos eleitores. Essas movimentações e suas consequentes coligações são geradas por interesses de naturezas diversas, sendo exemplos desses motivos: o potencial de vitória, a afinidade ideológica (em raríssimos casos), a capacidade financeira para comprar apoio e as  relações de parentesco e amizade.

Alguns desses partidos têm mostrado nos últimos pleitos uma capacidade de ir de uma aliança a outra com muita facilidade sem terem a preocupação com a discussão interna, com afinidade ideológica ou com outras questões éticas, bastando surgirem algumas nomeações, recursos financeiros, veículos ou outras moedas de troca para que as coligações sejam oficializadas. Uma coligação deve levar em conta o interesse maior do partido e dos seus candidatos. Não se pode amarrar uma coligação na eleição majoritária que inviabilize a coligação proporcional.

Recentemente verificamos esse tipo de postura arbitrária impor ao conjunto dos candidatos de um desses partidos uma coligação inviável só porque o candidato da majoritária deu um “agrado” de quarenta mil reais aos dirigentes do partido para fechar a coligação para apoiá-lo. Com a coligação majoritária fechada, não restou alternativas senão uma coligação proporcional inviável e que ainda foi imposta na base do “murro na mesa” e do “quem manda aqui sou eu”. Com dinheiro no bolso, o principal dirigente comprou um carro e foi passear em outro estado, passando um mês fora em plena eleição, deixando todos os candidatos soltos e a verem navios. O quociente não foi atingido e a coligação imposta não elegeu nenhum candidato. No sentido contrário desse postura de vendilhões, outra legenda fez a condução correta, priorizando a coligação proporcional para depois pensar na majoritária, acabando por eleger candidatos.

Se você tem um sonho de disputar alguma eleição, escolha bem o partido pelo qual vai participar para evitar surpresas desagradáveis que venham a inviabilizar o seu sonho político. Não se iluda com as bajulações que são feitas durante o período de filiações. Para conseguirem a sua filiação, os dirigentes fazem de tudo: ligam todos os dias, chamam para eventos, procuram enganá-lo a todo custo, dando a entender que vão trata-lo com respeito e consideração. Trate a escolha do partido como se você fosse abrir uma empresa, sendo necessário fazer toda uma pesquisa de viabilidade.  Procure saber sobre o passado dos dirigentes partidários, levante a atuação do partido ao longo dos últimos anos, converse com alguém que tenha militado nesse partido para saber mais sobre os bastidores e como as decisões internas são tomadas. Tome bastante cuidado para que o seu sonho político não se transforme em pesadelo eleitoral. 

Comentários

  1. Uma das maiores provas disto, é o PHS em Caaporã-PB que se vende por cargos, materiais de construção, combustíveis etc... O presidente do citado partido é um dos mais canalhas que já vi. Não tem sequer respeito próprio, quem dirá pelos eleitores. é a maior vergonha para a sociedade daquele município.

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    1. Concordo! e para piorar a fama que o mesmo tem na cidade, só faz envergonhar ainda mais a política daquele município. E o pior é que o canalha quer se candidatar a Deputado Estadual. Será que o povo vai acompanhar um pilantra dessa qualidade?

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