BRASILEIRO, MORRA E TORNE-SE SANTO
O brasileiro tem umas manias que são difíceis de serem entendidas por outros povos ou por quem simplesmente tem um senso crítico mais apurado. Dentre elas, particularmente, não consigo aceitar e entender a tendência a santificarem as pessoas quando elas morrem. O sujeito pode ser o maior pilantra, mas ao morrer, imediatamente é elevado à categoria de santo da noite para o dia. Não que eu esteja defendendo que se desrespeite o momento da família e dos amigos pela perda do ente querido, longe disso, mas beatificar é demais. Respeito à fidedignidade da história pessoal do falecido deveria ser uma norma a ser cumprida. A nossa história está cheia de personagens e episódios desse tipo. Para ilustrar melhor essa ideia, vamos citar duas figuras históricas bem conhecidas: - Tiradentes - não era simplesmente, como querem mostrar a maioria dos nossos livros de história do Brasil, o herói idealizado, abnegado e tão comprometido com a independência do Brasil. Era um homem do seu tempo com