Solução Simples para melhorar Programa Bolsa Família
Todos
nós somos sabedores da ineficiência da política pública de transferência de
renda, que se chama Bolsa Família. São cerca de 10 (dez) milhões de famílias
que recebem mensalmente valores dos cofres públicos sem maior exigência de
contrapartida desses beneficiários. Podemos dizer que o Brasil virou refém do
programa Bolsa Família, sendo um exemplo disso o ocorrido nas últimas eleições
presidenciais, quando a candidata Dilma Rousseff acusou o seu principal
oponente, Aécio Neves, de querer acabar com o programa, caso fosse eleito,
gerando corridas frenéticas às agências da Caixa Econômica Federal para sacar o
benefício mensal.
Para participar do programa Bolsa Família, tem-se que
comprovar a pertinência à parcela mais pobre da população e mensalmente
comprovar a frequência regular da criança beneficiada na escola. O critério
necessidade tem sido burlado com frequência pelos gestores municipais do programa
Bolsa Família, sendo inúmeras as denúncias e flagrantes de descumprimento desse
critério. O critério frequência escolar é fraudado pela falta de compromisso
das escolas públicas em exercer o controle de frequência dos alunos
participantes do Bolsa Família e pela incompetência do Governo Federal em “administrar”
decentemente tal banco de dados.
A nossa proposta para resolver essa questão é a
transformação do Programa Bolsa Família
em Programa Bolsa Escola. O governo
federal, por uma questão de urgência, editaria uma medida provisória fazendo a
transformação do Programa Bolsa Família em Programa Bolsa Escola, exigindo a matrícula
das crianças beneficiadas na escola, como também frequência mínima de 90%
(noventa por cento) na escola. Adicionalmente e concomitantemente, a criação do
Exame Nacional do Bolsa Escola (ENBE) através do qual seriam avaliados os
alunos participantes em termos de aprendizagem escolar. O ENBE seria aplicado no
meio do ano e no final do ano. Bons resultados gerariam premiação para
estudantes, pais e escolas. Maus resultados gerariam um acompanhamento social e
educacional dos estudantes e suas famílias, podendo até levar à exclusão do
programa, em casos de reiterados resultados negativos. Adicionalmente,
acreditamos que seria muito interessante o endurecimento das punições para as
fraudes usuais do programa, como a
inserção de famílias fora da faixa exclusiva de atendimento e o não registro das faltas dos alunos
participantes por parte das escolas.
Com essa iniciativa simples estaríamos dando sentido ao
programa de transferência de renda, que é a sinalização da necessidade do
envolvimento da família e da escola no processo de ascensão social dessas famílias
carentes através da educação, gerando uma porta de saída efetiva de um programa
meramente assistencialista, como é o caso do Bolsa Família.
Comentários
Postar um comentário