O QUE FAZER PARA AJUDAR SEUS FILHOS NOS ESTUDOS EM TEMPOS DE PANDEMIA?
Muitos pais
estão aflitos sem saber o que fazer para ajudar seus filhos nas atividades
escolares em plena pandemia. Como educador e pai de alguns filhos, que sempre
foram bem nos estudos, tendo o mais novo com apenas 13 anos, acredito que posso
ajudar quem está com essas dores de cabeça.
Para começo de
conversa, muita calma nesta hora! A pior coisa que pode acontecer é os pais
entrarem em pânico e criarem uma paranoia na cabeça dos seus filhos. Se você
tem dúvidas ou receios, guarde-os para si. As crianças não precisam passar por
uma tortura psicológica por causa do momento difícil que estamos passando.
Tomei
conhecimento de casos de colegas de meu filho que não participaram de nenhuma
atividade online oferecida pela escola depois da implantação do isolamento
social. Há casos em que os pais estão dando a entender que o ensino à distância
não funciona e que não se aprende nada. Além de não ser verdade, isso não ajuda em nada essas crianças.
Como um bom
exemplo de poupar crianças das dificuldades da vida cruel, lembro-me muito bem
do filme A Vida é Bela, que foi lançado
em 1997, protagonizado e dirigido por Roberto Benigni, onde um pai esconde as
agruras da guerra e do nazismo do seu filho, fazendo com que tudo seja uma
brincadeira para a criança.
A segunda medida
é criar uma rotina de estudos para a criança. Essa rotina deve envolver um
lugar adequado para estudar, horários determinados, conteúdos planejados e
material didático disponível. Essa
rotina pressupõe o envolvimento com o processo educacional do seu filho. Não se
deve arriscar o futuro dos filhos pela negligência dos pais.
Por exemplo, na
minha casa, nos domingos são acordados os conteúdos a serem estudados durante a
semana que vai começar. Compramos um
quadro branco pequeno que fica sobre a mesa de estudos do meu filho para que
possamos visualizar e acompanhar o cumprimento da programação.
Pela manhã ele
assiste as aulas online ofertadas pela escola, parando por volta de meio dia,
almoça e descansa até às 14 horas. A partir das 14 horas até às 17:30, de
segunda a sábado, meu filho estuda, conforme o planejamento. Uma parte dos
estudos é dedicada à revisão do que foi visto nas aulas do dia e às atividades
passadas pelos professores. Na outra parte do horário de estudos, ele dedica-se
aos assuntos vistos anteriormente e aos que serão ensinados nas próximas
semanas. Nas semanas anteriores às provas da escola, se necessário, ele estuda
à noite também para melhorar a fixação dos assuntos dos exames. Noites livres e
limite para a hora de dormir durante a semana são um complemento importante. Há
casos de crianças virando zumbis e passando as noites jogando no computador,
perdendo a hora das aulas no dia seguinte.
Minha esposa
elabora simulados com os conteúdos estudados e faz com que meu filho responda
aos mesmos. Os assuntos cujas questões ele não consegue acertar são reestudados
e ele faz mais questões sobre esses temas. Quando ele tem dúvidas, tiramos as
dúvidas e orientamos a melhor forma de aprender e estudar os temas mais
difíceis. Dificuldades no processo de aprendizagem não devem ser deixadas de
lado. Se não pudermos tratar adequadamente o tema, buscamos apoio da escola. A
Internet possui muito conteúdos bons que podem ser utilizados. Muitas aulas
boas no Youtube ajudam a trabalhar todos os conteúdos do currículo escolar das
crianças. Uma outra iniciativa brilhante é a Khan Academia.
O
acompanhamento das aulas online é outra medida importante. Lembrem-se de que
estamos falando de crianças, que podem deixar de ter a necessária atenção ao
processo. Interagir com a escola e acompanhar como a criança está participando
ajuda a garantir o sucesso. Há casos em que a criança entra no sistema EAD, mas
não assiste as aulas. Para quem já voltou a trabalhar, uma sugestão simples para acompanhar os estudos da turma é colocar uma câmera no ambiente onde eles devem ficar estudando. Com isso, você vai poder ver o que se passa e saber se o combinado está sendo feito. Se a escola e a família não estiverem atentas, não haverá
aprendizagem.
Outra
preocupação é com a leitura. Nosso filho de 13 anos já leu mais de 100 livros
em sua curta vida: Pequeno Príncipe, Fernão Capelo Gaivota, Coleção Diário de
um Banana, Sete vidas de um cachorro, Time Fiasco, Os Miseráveis, Coleção Nate,
1822, 1808, dentre tantos outros.
Falar um
idioma estrangeiro é muito importante e ele fala fluentemente o inglês. Para
dar uma missão importante e complementar ao seu aprendizado, eu incumbi o meu filho
de ser o tradutor para o inglês de um dos meus livros de história do Brasil,
que devo lançar até o final deste ano. Acredito que um garoto da idade dele tem
muito a ganhar e a aprender em participar de um projeto desse porte. Estamos
sugerindo que ele estude o Mandarim quando terminar o curso de inglês.
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