A PARÁBOLA DOS PORCOS-ESPINHO
Era uma família de porcos-espinho comum, igual a qualquer outra existente nesse mundão do meu Deus. Essa família de porcos-espinho era composta pelos pais e três filhos, dois machos e uma fêmea. Foram relativamente bem criados, educados com todo cuidado e atenção pelos seus pais, embora todo esse cuidado não tenha conseguido lidar de forma adequada com alguns aspectos da carga genética transmitida para sua prole. O maior problema era justamente a marca maior da família: eram porcos-espinho. Quanto mais juntos eles tentavam estar, mais se feriam, machucando-se uns aos outros de forma intencional ou não. Essas feridas causadas pelos próprios membros da família eram dolorosas, muitas delas profundas e difíceis de cicatrizar, levando, às vezes, meses e até mesmo anos para serem curadas. Os pais porcos-espinho não souberam ensinar aos seus filhos como conviverem próximos sem causarem ferimentos uns aos outros. Os filhos cresceram e não foram inteligentes o suficiente para lidar